» Paulo Vasco a interpretar Eduardo Mãos de Tesoura
O palco do Teatro Maria Vitória tem em cena mais uma revista à portuguesa. "Humor com humor se paga", de Helder Freire Costa, é mais um espectáculo que preencherá de quinta a domingo as noites lisboetas.
A revista à portuguesa tem sempre o mesmo mote de partida, a crítica ao país, e esta de certo não será diferente. Uma peça que conta com grandes nomes do teatro, como Paulo Vasco e Melânia Gomes. Contudo, o elenco não se fica por aqui e como não podia deixar de ser, ao longo do espectáculo conta-se com a presença de uma fadista, desta vez a artista é Ana Marta, cantora premiada com o Prémio Amália/2011 - Revelação.
sexta-feira, novembro 09, 2012
|
By Ana Isabel Silva
» Maria Rueff e Joaquim Monchique
"Lar doce lar" não podia estar mais bem escrito e encenado. Tudo está lá. Todas as cenas que nos idenficamos enquanto jovens e observadores de idosos, mas também do ponto de vista dos idoso em que eles próprios se identificam com as das personagens principais, de duas idosas reformadas e que vivem numa pensão luxuosa, pois por diversos motivos não podem morar sozinhas.
A comédia desenrola-se num dos quartos duplos da pensão, em que as duas idosas tentam o tudo por tudo para conseguir mudarem-se para o quarto singular que ficou diponível após a morte de uma outra idosa habitante do lar. Contudo, estas duas idosas fazem as suas patifarias sem o conhecimento mutuo.
Maria Rueff e Joaquim Monchique são actores que estão habituados a trabalhar em conjunto, e por isso este foi um espectáculo em que os dois têm uma quimica que resulta muito bem. Todavia, uma das dificuldades que estes dois artistas tiveram que enfrentar, foi o facto de terem de vestir várias personagens, passando pelo doctor da pensão - Joaquim Monchique -, e uma das funcionárias do lar - Maria Rueff.
Ao longo do espectáculo as duas idosas vão contando episódios sobre as suas vidas, sendo que o público chega à conclusão que estas histórias ouvidas, são as mesmas que ambas partilham à vários anos. E é todo este trabalho que se vê no palco, que faz com que o espectador o sinta na plateia, tudo graças ao texto e ao óptimo trabalho de ambos.
Cenas da vida conjugal vai entrar em palco pela primeira vez no próximo dia 20 de setembro, já a próxima quinta feira na sala Garrete, no Teatro Nacional D. Maria II, pelas mãos do encenador Solveig Nordlund.
O autor Ingmar Bergman conta que levou "dois meses e meio a escrever estas cenas". As cenas que era inicialmente para uma série televisiva, mas que mais tarde foram adotadas para um espetáculo teatral.
João, interpretado por Adriano Luz, e Mariana, vestida por Margarida Marinho, estão casados há 10 anos, têm duas filhas e uma vida estável. "Mas sofrem todas as dúvidas e incertezas que podem assombrar um casal.
Para Bergman, João e Mariana representam o típico comportamento humano:
eles permitem-se ser corajosos, felizes, tristes, zangados, apaixonados,
confusos, infantis, insatisfeitos".
Todas as mulheres vivem a ansiedade da procura de um grande amor, um amor para vida toda. E esta é mais uma peça teatral que faz uma critica à sociedade, contudo esta análise é feita de uma forma humorística.
O espetáculo, que sobe ao palco pela primeira vez a 26 de setembro no Teatro Tivoli, retrata uma mulher "independente, bem sucedida e com dificuldade em encontrar um homem que saiba compartilhar essa liberdade."
Fernanda, nome da protagonista da história interpretada por Mónica Martelli, tem 35 anos, é jornalista de profissão, e trabalha numa empresa de eventos. Todos os homens que se cruzam pela vida dela com os quais tem algumas relações amorosas, tem sempre o desejo que sejam o grande amor da sua vida, e realiar todos os sonhos de uma mulher.
terça-feira, agosto 28, 2012
|
By Ana Isabel Silva
» Em cena até ao dia 8 de setembro
Luis Aleluia, João de Carvalho, Luis Mascaranhas e Victor Espadinha dão vida a quatro homens que "tentam resistir à crise da idade e que procuram desesperadamente por um apartamento para viverem".
Este é o cenário de uma comédia que já está em cena no Casino Estoril, em Lisboa, em que a paravra de ordem é, nada mais, nada menos, que a "desordem", em que se poderá rir da instabilidade que é a vida de um homem quando se vê sozinho na vida.
Este espetáculo estará em cena até ao dia 8 de setembro.
terça-feira, agosto 28, 2012
|
By Ana Isabel Silva
»Vanessa Silva interpreta Amália Rodrigues
Apesar de já ter estreado há algumas semanas, o E porque não ir ao Teatro? não podia deixar passar mais um musical de Felipe La Féria. Os palcos do Teatro Polioteama tem em cena "Uma noite em casa de Amália".
Ao longo de duas horas, Amália Rodrigues, personagem interpretada por Vanessa Silva, canta trinta fados da fadista. A cena decorre no período da ditadura, em plena guerra colonial, aquando a substituição de Salazar por Marcelo Caetano, que ocupa o cargo de chefe de Estado.
Amália, decide então realizar uma túrtulia em sua casa para a homenagear e se despedir do poeta Vínicio de Moraes, que parte para o Brasil no dia seguinte. A noite decorre calma, tirando alguns momentos em que o medo entra casa a dentro com medo da PIDE.
terça-feira, agosto 28, 2012
|
By Ana Isabel Silva
Quem não teve a oportunidade de ir à revista Ora vira € Troika o Passos, agora também já não vai a tempo, pois já está em ensaios a nova revista à portuguesa, e que ao que tudo indica irá estrear no final deste mês de agosto.
Para os amantes de revistas esta é a mensagem que se pode ler no sítio do Teatro D. Maria Vitória:
O público ficará então a aguardar novas informações, e o E porque não ir ao teatro? também esperará por novidades, que assim que estiverem disponiveis no sitio do teatro irá divulgar aqui, como é habitual.
segunda-feira, abril 16, 2012
|
By Ana Isabel Silva
» Faria 122 anos
Apesar de o E porque não ir ao Teatro? não publicar artigos sobre cinema, mas sim espetáculos teatrais, não poderia deixar de marcar a data, em que Charlie Chaplin, um dos atores mais famosos do cinema mudo, nasceu. Foi há precisamente 122 anos, em Londres, que Chaplin pisou o mundo, e que mais tarde viria a marcar o mundo do cinema.
Contudo, Chaplin ficou conhecido pela sua versatilidade, isto porque integrou vários papeis durante a sua vida profissional - foi ator, diretor, produtor, humorista, empresário, escritor, comediante, dançarino e músico. Mas foi no cinema mudo que deixou a sua marca, utilizando a mímica em comédia.
Os filmes mais inesquecíveis são "Tempos Modernos", "O Garoto", "Luzes da Cidade" e "Luzes da Ribalta". Neste último, Chaplin foi diretor, produtor, financiador, roteirista, músico, cinematógrafo, regente de orquestra e ator.
» Vanessa Silva interpreta o papel principal - Judy Garland
Uma das maiores divas dos musicais, Judy Garland atua mais uma vez em Londres. Este é o cenário de mais um musical trazido para Portugal pelas mãos de Filipe La Feria. Vanessa Silva dá vida à cantora londrina que tem mudanças de humor súbdito, devido aos problemas com as drogas.
"Judy Garland - O fim do arco-íris" conta com a canção mais conhecida "Over the Rainbow", da artista. Esta é uma peça que já esteve presente em mais de 30 países e que foi traduzido em mais de 20 línguas. O encenador Filipe La Féria agarrou a oportunidade de trazer o musical para os palcos do Politeama, onde já está em cena desde o início do presente ano, tendo já a sua última sessão agendada para o dia 29 de abril.
Este é um espetáculo que estreou nos palcos da Broadway, nos Estados Unidos, no passado mês de março.
Ao lado de Vanessa, o público poderá contar com a presença de Carlos Quintas e Hugo Rendas, que vão interpretar o pianista e o jovem amante de Judy, respectivamente.
Jovem burguês, gabarola, em que demonstra ter muita coragem, inventa que existem monstros na sua aldeia, para ficar com imagem de herói. Esta história é-lhe familiar?! "As aventuras de João sem medo", encenada por João Mota, está num dos palcos do Teatro Nacional D. Maria II até ao dia 21 de Abril.
Esta é uma história escrita em 1933, pelas mãos de José Gomes Ferreira e que foi considerado um dos prodígios no mundo das fábulas.
"As aventuras de João sem medo", que está no TNDMII, não está longe da história original, sendo por isso que o jovem burguês conta a toda a aldeia de que existem monstros na localidade, e que os consegue derrotar a todos, ficando como herói da terra. O que não desconfia é que um dia, quando menos espera é surpreendido.
Elenco:
Alexandre Lopes, Hugo Franco, Marco Paiva, Mia Farr, Miguel Sermão e Tânia Alves.
O Teatro Nacional São João, no Porto, tem em palco, até ao dia 28 de Abril, a peça "Alma", uma encenação de Nuno Carinhas, da história de Gil Vicente.
Peregrinação e refeição são as duas metáforas abordadas neste espetáculo que pretende demonstrar a vida dos homens, em que o cenário de fundo é uma viagem, em que terá avanços, recuos, obstáculos e desvios durante o decorrer da história.
"Alma é um espetáculo plasticamente intenso, atravessado por
reminiscências pictóricas, e que perfaz um arco que vai do ritual
sagrado à festa profana. No epicentro, disputada pelo Anjo e pelo Diabo,
uma singular personagem vicentina – uma “Alma caminheira”, alegoria de
toda a espécie humana – luta contra o tempo e faz um trajeto de
provação, mudança, descoberta. “Oh, andai! Quem vos detém?”"
Elenco:
Alberto Magassela, Fernando Moreira, Fernando Soares, João Castro, Jorge Mota, Leonor Salgueiro, Miguel Loureiro, Paulo Freixinho e Paulo Moura Lopes
A história do famoso boneco de madeira que enquanto conta mentiras o seu nariz cresce e que é filho de carpinteiro - Pínóquio -, saltou dos grandes ecrãs para os palcos do Teatro Politeama, mas em forma de musical. A encenação de Filipe La Féria estará em cena até ao dia 29 de Abril.
As aventuras de Pinóquio foi uma criação do italiano Carlo Collodi e que já contou com inúmeras adaptações. Mas, a história original é contada numa pequena aldeia italiana, e foi a partir de uma árvore dessa mesma pequena localidade que Gepetto - pai de Pinóquio - esculpiu o pequeno boneco de madeira, que mais tarde ganha vida.
O encenador Filipe La Féria fez mais uma adaptação da história, mas desta vez para os palcos, contudo não é apenas uma peça teatral é também um musical que conta com atores bastante conhecido do público português.
Uma semana com nova peça de teatro. Estreou no passado dia 11 com a última sessão marcada para dia 15 de Abril - próximo domingo -, na sala experimental do Teatro Municipal de Almada tem em cena "Os Juramentos Indiscretos", uma peça encenada por José Peixoto.
O espetáculo da autoria de Pierre de Marivauz, com o apoio da Academia Francesa, é uma obra que não foi bem recebida pelo público, isto porque o tema seria impertinente para a época. Uma das consequência da má recepção por parte do público refletiu-se no dia da estreia em que houve críticas aos motivos literários - os jovens que não querem casar-se conforme os planos dos pais.
Sinopse:
A comédia tem como tema principal o amor e que envolve as personagens da peça e criando as encruzilhadas que com ele o acompanham. Tal como acontecia no século XVIII, dois jovens estavam destinados um ao outro com o casamento agendado, devido aos interesses familiares. Contudo, estes dois jovens desconheciam os planos dos seus progenitores, mas como era de se esperar, a partir do momento que os jovens tomam conhecimento do que os seus pais têm planeado, estes decidem comportar-se de forma irreverente e ir contra à tradição da época, para isso conversam e chegam à conclusão de que ambos não estão dispostos a fazer o que os pais programaram. Contudo, ao longo do tempo de que se juntam e conversam são confrontados com um sentimento diferente.
Elenco:
Carla Chambel, Sara Cipriano, Adriana Moniz, Nuno Nunes, Carlos Malvarez, Jorge Silva e José Peixoto.
O espetáculo que se estreou do Teatro Experimentar de Cascais, irá saltar para a sala Garret do Teatro Nacional D. Maria II no próximo dia 10 de Maio. "O Comboio da Madrugada" é uma encenação de Carlos Avilez e conta com a participação especial de Eunice Muñoz.
Com o título original "The Milk Train Doesn’t Stop Here Anymore", a peça é da autoria de Tenessee Williams, tendo sido a sua primeira estreia em 1963, nos palcos dos Estados Unidos.
Sinopse:
Flora Goforth é a personagem principal de toda a trama. Flora é uma ex-artista de variedades, milionária, já Chris Flanders é um jovem, apelidado como "anjo da morte" e que tem por hábito a visita a idosas que estejam a viver os últimos momentos da sua vida. Sendo assim, a história retrata uma senhora que sente a necessidade de ser desejada por outros homens. Contudo, Flora está doente e bastante triste, e pouco mais faz do que escrever as suas memórias, porém é neste momento mais complicado da sua vida, que acaba por conhecer Chris Flanders e que a faz acreditar na vida.
Elenco:
Eunice Muñoz, Anna Paula, Carlos Reiriz, Henrique Carvalho, Lídia Muñoz, Pedro Caeiro, Renato Pino, Ricardo Alas, Rita Cabaço e Sérgio Silva
Uma das salas do Teatro Nacional D. Maria II contou, ontem, com a estreia de Onde estavas quando criei o mundo? e que estará em cena até ao dia 13 de Maio. O monólogo, encenado por João Mota, é interpretado por Manuela Couto, uma atriz portuguesa conhecida dos pequenos ecrãs.
Esta é uma peça de drama, que conta a história dramática de uma mulher
que sofre com a morte do seu filho, um crime pelo qual é arguida.
Sinopse
Uma mulher defende-se em tribunal pelo crime de filicídio. A arguida tenta explicar a razão pelo qual leva uma mãe a cometer um ato tão violento, e à medida que a mulher conta a sua história, vão aparecendo flashbacks dos momentos que antecederam ao momento em que a mulher tira a vida ao seu próprio filho. O que leva a que o público comece a pensar que provavelmente o crime tenha sido cometido por piedade e não de forma pensada. Já do lado do público, este é chamado a participar no espetáculo, integrando o papel de juiz.
O palco do Teatro Maria Vitória está a receber desde Novembro a revista Ora vira € troika o passos, uma produção de Helder Freire Costa e encenação de Francisco Nicholson.
A revista à portuguesa é um dos tipos de teatro tradicional de Portugal, que conjuga a sátira política à comédia, tendo também momentos de canto com fadistas portugueses. Segundo um dos atores que integra o elenco, Paulo Vasco, o público poderá contar com uma peça sobre os problemas atuais da sociedade, particularmente o tema da corrupção, problemas sociais e políticos.
No elenco estreiam-se duas caras jovens novas, a filha de Marina Mota, Érica Mota, e também uma "participação especial" Sofia Arruda.
Elenco: Florbela Queiroz, Paulo Vasco, Carlos Queiroz,
Sofia Arruda (estreia), Ana Marta (fadista), David Ventura, João Duarte Costa, Élia
Gonçalves e Érika Mota (estreia)
» Entrevista a Paulo Vasco, um dos atores do elenco
A jovem de 23 anos está de vento em polpa na sua carreira, e depois de várias participações no pequeno ecrã, Sofia Arruda está integra o elenco do teatro de revista à portuguesa - Ora vira € troika o passos.
Atriz estreou-se há 12 anos, com uma pequena participação numa série televisiva da TVI, Crianças S.O.S, com o nome de "Celina". Contudo, essa foi a rampa de lançamento, pois nesse mesmo ano, Sofia Arruda integrou o elenco principal numa telenovela do mesmo canal de televisão - Super Pai -, interpretando o papel de "Carmo Figueiredo". A partir daí foi sempre a subir, e nunca mais abandonou a representação.
Após o fim da telenovela, em 2002, a jovem entra no elenco principal, da primeira temporada da série de Morangos com Açucar, em 2003, com a personagem "Lara Queirós", uma jovem de 15 anos que se apaixona por "Tiago Gomes", um dos quatro irmãos órfãos.
Desde então Sofia Arruda não abandonou os pequenos ecrãs, integrando sempre o elenco principal das telenovelas da estação de Queluz. Atualmente, a atriz faz parte do elenco de Anjo Meu, com a personagem "Maria Clara Sardinha".
Contudo, desde Novembro que Sofia estreou-se no teatro revista, no Parque Mayer, uma estreia que marca a carreira da atriz que apenas tem marcado presença em telenovelas da TVI.
» Sofia Arruda, como "Carmo Figueiredo" em Super Pai
Depois de uns meses sem publicar, venho agora deixar uma menção de que irei fazer um esforço para manter este blogue atual. Sendo assim, irei tentar publicar as mais diversas peças de teatro que estão ou que irão estar em cena por todo o país, e assim manter o objetivo primeiro de quando criei o blogue, e assim unir o gosto pela escrita e a paixão pela representação e teatro.
Para iniciar, irei deixar um artigo sobre Sofia Arruda, que se estreou em Novembro, na Revista à Portuguesa, com "Ora vira € Troika e Passos". A sua carreira tem vindo a progredir, e penso que seja interessante reiniciar com um artigo biográfico de uma jovem atriz que tem vindo a revelar-se.
Depois também irei publicar mais algumas peças que estejam em cena, e que já se tenham estreado há algum tempo, mas que fazem todo o sentido em marcarem este blogue, que quer dar um pouco mais brilho a uma arte muitas vezes esquecida.